A
segunda reportagem da série sobre alunos da UCS que são acompanhados
pelo PIMA aborda a temática da Deficiência Auditiva, trazendo a história
do acadêmico Cristiano Faganello. A série de quatro reportagens foi
produzida por alunos do curso de Jornalismo da UCS, ministrada pela
professora Ana Laura Paraginski.
O
futuro arquiteto
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Créditos: Arquivo Pessoal |
Confira a entrevista com o estudante de Arquitetura da Universidade
de Caxias do Sul que nasceu com deficiência auditiva.
– Quais as maiores dificuldades que você enfrentou quando criança?
Falar
e ouvir eram as minhas maiores dificuldades. Agradeço sempre o que a
minha mãe fez por mim. Ingressei na Escola Hellen Keller e tive
acompanhamento de uma fonoaudióloga.
– Qual seu grau de surdez?
Na
orelha direta tenho 95% de perda auditiva, quase nem ouço. Na orelha
esquerda, tenho perda de 60% e é com ela que ouço mais.
– Quais são suas maiores dificuldades na universidade?
A
comunicação com colegas e professores. Muitos falam baixo e não
têm paciência para falar alto e devagar.
– Você usa algum aparelho auditivo?
Sim,
uso aparelho auditivo comum com prótese.
– A UCS e o PIMA oferecem que tipo de suporte?
A
PIMA oferece o acompanhamento de um intérprete, mas, a princípio,
eu não preciso desse suporte. Só se houver muita dificuldade em
compreender.
– Já sofreu – ou ainda sofre – algum tipo de preconceito?
Sim,
porque as pessoas não têm paciência. Já fiquei sozinho na escola
durante o ensino fundamental. Também não sou muito próximo das
meninas.
– Você usa algum tipo de estratégia para comunicação – leitura labial ou língua de sinais?
Consigo
compreender bastante por meio da linguagem labial, mas já tentei
aprender a língua de sinais quando eu estava estudando na escola
Hellen Keller. Atualmente, lembro muito pouco, só o alfabeto.
– Como você aprendeu a leitura labial?
Uma
fonoaudióloga me acompanhou durante o aprendizado da leitura labial
e fala.
– Por que escolheu Arquitetura?
Boa
pergunta, me pegou (risos). Gosto muito de arte, sou criativo e já
tinha feito o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) de
Construção Civil. Eu me impressiono muito com as maquetes.
"É
manhã de segunda-feira e o sol bate na janela do seu quarto..."
Falta de audição, excesso de talento
"A tecnologia entrou na nossa vida para melhorar.."
Falta de audição, excesso de talento
"A tecnologia entrou na nossa vida para melhorar.."
Textos: Renata
Chies, Daniela
Frizz, Gabriel
Rodrigues, Franciele
Mesari
MAIS UM EXEMPLO DE SUPERAÇAO, PARA SER SEGUIDO.
ResponderExcluirESCRITOR, JEAN CARLO BORTOLOZZO.