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Reportagem

No dia 25/03/2013, o Jornal Zero Hora publicou uma reportagem sobre estudante que concluiu o Mestrado em Educação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O que há de especial nessa história é que Cláudio Luciano Dusik superou os limites impostos por uma doença degenerativa chamada Atrofia Muscular Espinhal (AME). Os desafios não são poucos. 



Essa história merece mesmo ser compartilhada. Por isso, colocamos no nosso Blog parte dessa reportagem: 

“Com a urgência imposta pela rápida progressão de uma atrofia muscular espinhal (AME) que deformava o corpo e impedia os movimentos, Cláudio Luciano Dusik desvendou livros de informática e desenvolveu um teclado virtual para continuar escrevendo. Dia 26/03/2013, na Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o morador de Esteio de 36 anos defendeu sua dissertação de mestrado, detalhando a criação do aplicativo e os casos de cinco deficientes que se beneficiam com o programa, distribuído gratuitamente. 

Bacharel em psicologia com duas especializações na área, Dusik sofre de AME do tipo Werdnig-Hoffmann. No decorrer da graduação, quando as mãos começaram a enrijecer, o estudante decidiu conceber a própria solução. “Se tem um programinha que digita números, por que não tem um que digita letras?” ­ pensou, ao utilizar uma calculadora no computador. 

O universitário submergiu em lições de computação, área que desconhecia por completo. Nas madrugadas e nos intervalos da faculdade, destrinchou volumes"do tamanho de uma Bíblia" sobre linguagem de programação. O Mousekey, concluído em quatro meses, passou a permitir a seleção de letras e sílabas na tela, a partir de cliques no mouse. Hoje, Dusik consegue mexer, muito pouco,apenas a cabeça e a mão esquerda. “A minha necessidade era urgente. A escrita iria me limitar, e a tecnologia me incluiu ­ comenta o mestrando.” 

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