"O ato de ver não é coisa natural.
Precisa ser aprendido.”
(Rubem Alves)
O acesso as diferentes leituras e informações é um
direito que cada cidadão tem e a garantia deste acesso é um compromisso de
todos. Por isso, refletimos que identificar os meios e recursos que melhor
atendem os alunos é importante para que sejam desenvolvidas estratégias que
trilhem para a efetivação do aprendizado. No caso de alunos com deficiência
visual é interessante buscar conhecer e atender as especificidades de cada
pessoa, pois variam. Por exemplo, é um equívoco acreditar que se a pessoa tem
baixa visão o melhor é ampliar ao máximo o tamanho da letra. Há graus de perdas
visuais diferentes que acarretam em benefícios distintos, por exemplo, para
determinada pessoa a iluminação da noite pode ser vantagem, já para outra pessoa
pode ser preferível à iluminação do dia. Há contrastes, tamanhos de letras,
fontes e combinações de cores que podem facilitar ou dificultar a leitura de
uma pessoa com baixa visão. Por isso, conforme sugere Lima (2008,p.39): “É de
fundamental importância o acompanhamento da pessoa com baixa visão por
profissionais especializados na área da deficiência visual e/ou encaminhamento
aos programas específicos de atendimento.” Em Caxias do Sul, podemos citar o
Instituto da Audiovisão (INAV) e a Associação de Pais e Amigos dos Deficientes
Visuais (APADEV).
Na tentativa de
esclarecer legalmente e informalmente o significado dos termos “Cegueira” e
“Baixa Visão ou Visão Subnormal” encontramos a seguinte referência, segundo
Lima (2008,p.7):
Cegueira: É a perda total ou resíduo
mínimo de visão que leva a pessoa a necessitar do sistema braille como meio de
leitura e escrita. Acuidade Visual igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com
a melhor correção óptica.
Baixa visão
ou Visão Subnormal:. As pessoas com baixa visão possuem resíduos visuais em grau que lhes
permite ler textos impressos ampliados ou com uso de recursos ópticos
especiais. Acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor
correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em
ambos os olhos for igual ou menor que 60°; ou a ocorrência simultânea de quaisquer
das condições anteriores. Defenfi (2011, p.8) complementa que somente é
considerado deficiente visual a pessoa que tem um comprometimento do
funcionamento visual em ambos os olhos que não pode ser corrigido ou sanado com
o auxílio de óculos convencionais, lentes de contato ou cirurgias
oftalmológicas.
Descrição da imagem que encontra-se no meio do
texto:
Texto de duas linhas: "Cada um enxerga de uma
maneira diferente".
Na primeira linha em letras brancas e fundo preto
lê-se apenas: "Cada um enxerga de uma" e na segunda linha em letras
pretas e fundo branco lê-se "maneira diferente". Destaca-se que cada
palavra esta configurada de forma diferente. Algumas palavras então em negrito
tamanho 24, outras apenas em Arial tamanho 12 ou 10. A palavra
"enxerga" esta em letras azuis. Há também capitalização maiúscula e
minúscula.
Fim da descrição.
Se você tem
curiosidade em visualizar como pessoas com baixa visão enxergam a imagem desta
casa, assista ao vídeo que se encontra abaixo da fotografia. A narração do
vídeo foi feita através da ferramenta online gratuita www.soarmp3.com.br
Referências:
LIMA,
Eliana Cunha. Convivendo com a baixa visão: da criança à pessoa idosa. São
Paulo: Fundação Dorina Nowill para Cegos, 2008.
DEFENDI,
Edson Luis. O livro, a leitura e a pessoa com deficiência visual. São Paulo:
Fundação Dorina Nowill para Cegos, 2011.
Soar.
Conversor de Texto em Áudio. Disponível em: www.soarmp3.com
Acesso em: 31/03/2014.
Link
do post que descreve as atividades desenvolvidas no INAV e na APADEV: http://pimaucs.blogspot.com.br/2013/03/apadev-e-inav.html
Postagem:
Glenda Lisa Stimamiglio.
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