A terceira reportagem da série sobre alunos da UCS que são acompanhados
pelo PIMA aborda a temática da Surdez, trazendo a história
do acadêmico Maiquel Cristian Fetter. A série de quatro reportagens foi
produzida por alunos do curso de Jornalismo da UCS, ministrada pela
professora Ana Laura Paraginski.
Maiquel
Cristian Fetter, 31 anos, natural de Panambi, no Rio Grande do Sul, é
mais um migrante que vem à Caxias do Sul a procura de uma vida
melhor. Atualmente casado, cursa o terceiro semestre de Administração
na Universidade de Caxias do Sul (UCS) e trabalha na área de
recursos. Passaria despercebido dentre tantas outras pessoas
transitando na cidade, não fosse o fato de Maiquel ser surdo de
nascença. Quebrando um estereótipo social, que muitas vezes limita
e discrimina o diferente, Maiquel faz parte daquelas pessoas
resilientes, que não se deixam abater pelo preconceito, e fazem cada
dia valer a pena ser vivido. “Do passado para hoje mudou muito.
Hoje existe mais respeito, mas mesmo assim há alguém que me olha ou
trata diferente ou se admira pelo que sou”, diz.
Como
toda criança do interior, Maiquel conta que teve uma infância com
muita liberdade, cheia de brincadeiras e traquinagens, no entanto,
enfatiza que sempre respeitou muito seus pais. No entanto, quando
questionado sobre o preconceito sofrido na infância, recorda que na
escola, da 2ª até a 4ª série de um colégio estadual, sofreu
muito bullying,
mas sempre foi forte e nunca se deixou abater. “Sempre brincava e
jogava bola com os amigos no campo ou na rua, mas às vezes tinha que
me defender por ser tratado diferente”, lembra Maiquel.
Confira a entrevista com Maiquel Fetter
Confira a entrevista com Maiquel Fetter
Claudia
Bisol, que auxilia na coordenação, organização e orientação ao
trabalho das intérpretes de Libras, além de fazer acompanhamento
dos acadêmicos surdos, contou como Maiquel chegou até o PIMA:
“Maiquel chegou até nós pela necessidade de providenciar uma
intérprete de Libras que o acompanhasse nas atividades acadêmicas
(aulas, palestras, reuniões, etc)”, comentou ela.
O
PIMA é coordenado pela professora Zita Canuto. Claudia contou que
Maiquel, assim como os outros acadêmicos, tem uma relação que
considera de "parceria" com o Programa, ou seja, buscam
juntos as soluções para os desafios encontrados ao longo da
trajetória acadêmica.
Quando
a equipe de reportagem perguntou se na opinião dela as ações da
UCS juntamente com o PIMA, que cuida da inclusão do estudante com
deficiência na universidade são eficientes e cumprem o objetivo
esperado, Claudia foi concisa: “a inclusão das pessoas com
deficiência nas escolas e universidades é um processo complexo.
Creio que as ações da UCS têm melhorado a inclusão dos nossos
alunos, oportunizando maior acessibilidade e equidade na vida
acadêmica. Porém, com em qualquer instituição, sempre há
desafios. Temos consciência de que sempre há aspectos a serem
melhorados e trabalhamos para isto”, finalizou.
Você
acha que a UCS tem estrutura para receber pessoas com deficiência?
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"Para
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Texto: Adriano
França, Cláudia Debona, Laís Dadázio Sottoriva.
PARABENIZO Á INICIATIVA DE VOCES, POR MOSTRAR EXEMPLOS DE SUPERAÇAO, Á LIMITAÇAO AUDITIVA.
ResponderExcluirESCRITOR JEAN CARLO BORTOLOZZO.