Nos
últimos anos, muito se tem ouvido falar em inclusão de pessoas com
deficiência no ensino superior. Quando o acadêmico em questão é
surdo, que fatores, além da presença do Tradutor Intérprete de
Libras (TILS), mediam este processo de ensino aprendizagem?
É
fundamental que os profissionais envolvidos neste processo, Professor
e TILS, estejam em sintonia e dialoguem buscando estratégias que
tornem o conteúdo acessível ao aluno para que este se sinta incluso
em sala de aula.
Nos
últimos semestres, tivemos uma experiência muito positiva com o
Professor Lucas Furstenau de Oliveira (docente do Curso de Psicologia
da UCS), que se dispôs a estudar os conceitos e terminologias das
disciplinas com as TILS semanalmente, antes de suas aulas. Estes
momentos de preparação e as tecnologias utilizadas pelo professor
em sala de aula muito contribuíram para a qualidade da interpretação
e, consequentemente, para que a acadêmica Franciele Torani de
Camargo (acadêmica do Curso de Biologia da UCS) tivesse claro
entendimento sobre os assuntos abordados.
Essa
experiência foi tão valiosa que vale a pena compartilhar.
Assista
na sequência os depoimentos do professor Lucas e da acadêmica
Franciele.
TILS Ana L. G. Terres e Ediele L. Araujo.
Legenda do vídeo com depoimento da aluna Franciele:
Oi,
eu sou aluna aqui da UCS. Meu nome é Franciele. Eu estudo no curso
de Biologia.
Tem
disciplinas que escolhi por interesse, porque queria estudar sobre
Neurociências e eu tinha interesse em saber como é.
Quando
entrei em sala de aula, me deparei com um ótimo professor. E eu
gostei muito.
E
a interpretação em libras muito boa.
Depois,
a intérprete me avisou que o professor sempre realizava estudo junto
com ela no PIMA. Então entendi porque a interpretação estava tão
boa.
E
eu entendia claramente, não perdia informações e compreendia o
contexto corretamente.
Por
exemplo, a palavra amigdala, eu pensava que se localizava próximo da
garganta. Mas não, se localiza no cérebro próximo da região do
hipocampo. E nessa região existem várias partes e cada uma recebe
um nome. Então é preciso cuidar com as nomenclaturas, a intérprete
não pode errar e para isso o professor dá dicas. Se a intérprete
não sabe, o professor ajuda estudando junto e a intérprete tem um
entendimento claro e depois em sala de aula eu consigo compreender
bem o processo de intepretação. Eu olho e entendo bem os conceitos
sem nenhum problema e acho ótimo que o professor faz assim, porque
muitos professores não realizam essa preparação antes e pode
causar confusão para a intérprete e confusão para mim também. O
contexto precisa estar correto.
Na
minha opinião isso é muito bom.
Obrigada
professor Lucas por fazer esse trabalho com as intérpretes.
A
interpretação em sala de aula fica muito boa e eu compreendo bem.
Tchau!!!
ESCRITOR JEAN CARLO BORTOLOZZO.
ResponderExcluirBÉLA INICIATIVA PARA OS AMIGOS LIMITADOS AUDITIVOS.
DEIXO UM ABRAÇO.